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[29 junho, 2006]


Os andarilhos da Patagônia


Vastas planícies predominam na Patagônia, que são chamadas de pampa ou meseta, tais como a pampa salamanca, meseta montemayor, etc.
Os ventos como sempre são constantes e fortes, com poucos momentos de trégua ao viageiro. Viajando de carro e trailer como fiz em 89 há o conforto do interior dos veículos, porém nesta última incursão em 2002, com motoca e reboque senti no “ corpo a corpo” as dificuldades que a natureza nos impõe quando se ousa um pouco mais.
Passados tantos anos de minha primeira viagem trago bem vivo na memória o meu encontro com um andarilho num pequeno bar e hospedaria às margens da ruta3, em uma dessas pampas.
Esse não era apenas um andarilho, era um mendigo andarilho, sim, por que há uma diferença importante.
Poucos são os aventureiros nesse tipo de desafio pela Patagônia, mas existem, e oportunamente lhes contarei a história de um bravo, ocorrida em 1997.
Bem, hoje quero falar do mendigo andarilho, que na verdade para os caminhoneiros argentinos é tão sòmente mais um andarilho.
- Em 89 já regressando de Ushuaia parei no pequeno bar e hospedaria “El Encuentro” à beira da ruta3. Escurecia, o vento não era tão forte porém o frio era intenso, com temperatura de menos 10º. Naquele cascalho a frente do bar achei o ponto ideal de acampar e descansar para nova jornada.
Entrei. Havia poucas pessoas, prateleiras com poucas mercadorias, uma pequena mesa de sinuca, mesas redondas e cadeiras de madeira desgastadas e o dono do bar, Enrique, do outro lado do balcão. Dirigi-me a ele para pedir licença de estacionar meus veículos para pernoitar, e ao mesmo tempo em que atendeu meu pedido, vendo que eu era brasileiro pediu-me ajuda para falar em português com determinada pessoa encostada no balcão: era um mendigo andarilho brasileiro!...
Maltrapilho, barbado, cor negra, cabelos desgrenhados e sujos, idade aproximada 35 anos, chamando-me a atenção por seus dentes perfeitos. Trazia nas mãos uma lata com sopa que ganhara do Enrique, mas não a tomava.
Fiz então várias perguntas: seu nome, de onde era, o que fazia na Argentina, se estava com alguém, onde morava etc e ele respondia de forma desordenada. Dizia que era de Alfenas, que estava buscando a mulher, que sua cunhada tinha feito um despacho, macumba ou coisa parecida contra ele, que seu nome era Antonio e logo depois falava outro nome, enfim, misturando tudo que me respondia.
Disse ao Enrique que o rapaz estava um tanto transtornado mentalmente e que eu não poderia saber o que estava ocorrendo com ele. Enquanto conversávamos o mendigo literalmente sumiu. Perguntei ao Enrique: ele vai dormir aqui? Já é noite e o frio é terrivel, Enrique.
- Respondeu-me: não, essa gente vai sempre para a estrada, não fica aqui...veja que nem a sopa ele tomou...
Fui para o meu trailer pensando naquela pessoa perdida na Patagônia.
No outro dia fiquei de olho nas estradas, porém nunca mais o ví.
Passaram-se semanas e ao chegar em Buenos Aires fiquei na casa do caminhoneiro Jorge “Chiche” e família, um grande profissional e hoje um grande amigo, que conheci no Estreito de Magalhães.
Em conversa com ele e seus amigos caminhoneiros relatava eu o episódio do mendigo brasileiro, quando para minha surprêsa um deles afirmou tê-lo encontrado na cidade de Rio Gallegos, bem no sul da Patagônia.
- Fiquei aliviado, o brasileiro de Alfenas ainda estava vivo...
Em tempo: segundo os caminhoneiros argentinos é comum a eles socorrerem tais pessoas naquela região; eles o acolhem a bordo, oferecem um alimento e o deixam no primeiro povoado ou cidade. O andarilho não fica no local e volta para a estrada, em rumos diferentes, reiniciando uma ciranda sem fim, de frio, fome, incertezas e solidão definitiva.
Juarez


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às [12:27 AM]


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[28 junho, 2006]


Meu amigo "Chiche"



Chiche e eu

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às [4:25 AM]


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[27 junho, 2006]


Os Bosques Petrificados da Patagônia


O turista de aventura poderá conhecer na Argentina dois bosques petrificados de uma beleza deslumbrante, surpreendente pela sensação de estarmos em uma região extra-terrestre.
Apèsar do nome bosque, que nos parece algo não muito grande, os Bosques Petrificados são áreas muitissimo grandes. Um deles é o Bosque Petrificado Sarmiento, distante da cidade de Sarmiento 28km através de uma estrada de rípio. Tal cidade situa-se na ruta 26, na província de Chubut.
Essa reserva biológica chama-se José Ormaechea e tem 65 milhões de anos.
Outro bosque é o de Jaramillo, na província de Santa Cruz. Para chegar até ele o caminho é a ruta 3, onde no km 2074 toma-se uma estrada de rípio por mais 50km, rumo a pré cordilheira. É bem mais antigo, 130 milhões de anos, com pretrificados maiores numa área de 56 mil hectares.
Veja agora um texto explicativo de suas orígens, bem como algumas das fotos que fiz.

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às [11:35 PM]


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Os Bosques Petrificados

A acumulação de uma importante quantidade de madeira petrificada em um determinado lugar geográfico recebe o nome de bosque petrificado. Nestes ¨sítios¨ encontram-se não só restos de troncos de árvores como também folhas, ramos, frutos e sementes.
Observando os fragmentos desses colossos do reino vegetal que cresciam abundantes há mais de setenta milhões de anos, pode-se asseverar - quase com absoluta certeza - que alguns deles chegaram a passar de 100 metros de altura.
Considera-se que os restos fossilizados destas árvores são os de maior tamanho até agora descobertos no mundo, além de ser esta área a mais extensa da terra.

O processo de petrificação

A petrificação significa que algo orgânico se converteu em pedra.
Ao morrer um animal ou vegetal, este deve ser coberto em pouco tempo com terra, cinza, areia ou lodo; mais tarde essa capa protetora, que essencialmente deve ser permeável, será atravessada pela água. Se o líquido possui sais e silício, essas substâncias vão trocando as moléculas orgânicas, por osmose, desde o detalhe celular até a forma conjunta do objeto orgânico.
Tudo isto pode durar séculos ou milênios, tudo dependendo do volume da água disponível e da proporção de minerais que lá se encontram.

Que fôrça operou há milhões de anos sobre estes gigantes...

Tudo indica que estes gigantes foram derrubados por uma força de grande magnitude que conseguiu aniquilá-los quando estavam na plenitude de seu desenvolvimento.
Assim atestam os restos também fossilizados de seus frutos, sementes e raízes que ainda estão incrustados no solo. Ainda quando se supõe que tudo foi arrasado bruscamente e com violência, é difícil imaginar a magnitude do fenômeno. Porém tudo parece indicar que esses colossos foram arrasados por um furacão.
Muitos cientistas supõem que esta região foi castigada permanentemente por fenômenos meteorológicos dessa natureza, acompanhados por movimentos sísmicos e erupções vulcânicas, que terminaram por converter este lugar em cemitério.
Comprovou-se que nestes tempos explodiram com potência muitos vulcões que após um longo processo de pertubações deram origem a Cordilheira dos Andes.
Surgiram densas colunas de fumaça e pesadas nuvens de cinza que os ventos arrastaram até o Este e as depositaram sobre os restos do bosque abatido, até cobrí-lo por completo. Os investigadores assinalam que a morte destes bosques produziu-se na época em que começou a formar-se a Cordilheira dos Andes, e que a partir de então ocorreram câmbios climáticos que alteraram drásticamente os ecosistemas da região, ao mesmo tempo que os movimentos sísmicos e erupções vulcânicas transformaram a geografia.

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às [11:30 PM]


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Bosque Petrificado
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Bosque Petrificado
Bosque Petrificado

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às [11:30 PM]


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[25 junho, 2006]


Glaciar Perito Moreno
Glaciar Perito Moreno

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às [7:35 PM]


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Os Glaciares (Geleiras) representam uma das maravilhas da natureza em nosso planeta Terra. Na América do Sul temos no Chile e na Argentina inúmeros glaciares, onde o turista poderá aproximar-se através de embarcações apropriadas e apreciar aquelas montanhas de gêlos eternos. Há porém, entre eles um glaciar muito especial e único no mundo que é o “Glaciar Perito Moreno”, às margens do Lago Argentino, na Patagônia argentina.
A cidade mais próxima chama-se El Calafate, pequena e muito agradável, com boa estrutura e um aèroporto internacional de qualidade.
A distância da cidade ao glaciar é de 78 km, sendo 40 km asfaltados. Quando lá estive com a “Carroça Austral” e “Motoca” peguei os últimos 38km de rípio (cascalho); espero que atualmente tenham completado o serviço.
O Glaciar Perito Moreno é único por que se pode apreciá-lo da terra, bem próximo, cerca de 200 metros, vendo aqueles gêlos azulados com 60 metros de altura, dentro de um imenso lago.
O lago é comprido, 100km, fazendo uma curva de 180 graus e seguindo por mais uns 50km, como se fôra por exemplo uma bengala. É nessa curva montanhosa que se forma o glaciar com uma frente de 4km e uma extensão que se perde de vista em direção à cordilheira.
Tal quantidade de gêlo vai crescendo em direção às rochas e após alguns invernos, em média quatro, acaba fechando a curva e construindo um verdadeiro dique. O resultado é que o braço menor do lago aumenta seu volume e sobe seu nível de água, a aproximados 35 metros em relação ao nível do braço maior.
Num determinado verão, que não é possível prever, a pressão da água e infiltrações provocam o que os argentinos chamam de “ruptura del glaciar”. É uma explosão de gêlo e água que perdura por horas, eqüalizando o nível do lago.
Em um desses fenômenos, em fevereiro de 1988, as televisões da França e do Japão acamparam com seus equipamentos naquela área, esperando semanas até a ruptura do glaciar, transmitindo ao vivo para vários países esta oitava maravilha do mundo.
Por enquanto tenho apenas a fita do espetáculo, mas planejo um dia lá acampar e esperar...-com os olhos bem abertos e uma câmera nas mãos!

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às [3:31 PM]


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Glaciar Perito Moreno
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às [7:30 AM]


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O Viageiro Juarez
Viajar...-De que forma viajar? Para que viajar? Com quem viajar? Para onde viajar?
Ah!!! Todos, ou quase todos, dizem: eu gosto muito de viajar, gostaria de fazer uma aventura como a sua, ver novos lugares, novas pessoas, outros costumes, e assim por diante.
Em verdade todos estamos permanentemente viajando, a começar por nossa valiosa vida, que é uma gostosa e surpreendente aventura que Deus nos dá de graça, sem mídia, sem patrocínio, sem interesses, sem maquiagens e luzes.
Você viaja quando vai à esquina comprar um jornal e volta sorrindo à porta de sua casa, lendo as manchetes, sem esquecer do pãozinho para o café.
Viajar é desamarrar nossas emoções e sentidos da mochila que trazemos dentro de nós mesmos, colocando-as à prova nas estradas, nos ventos e poeiras, nas noites frias ou muito quentes, nas comidas quase frias e no propósito de seguir em frente.
Nessa caminhada de aventura, se você encontrar um rio caudaloso e repleto de mais dificuldades, entrelace sobre ele uma poderosa ponte de perseverança, de objetivos, de suor e garra. Se você, sàbiamente não tiver pressa, cubra-a com uma camada de saudade, que com certeza você por ela passará, na ida e na volta de seu sonho. Boa viagem!
Juarez, El Solitário Patagônico

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às [12:38 AM]


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[21 junho, 2006]


Despedida

America do Sul-1986:
"Nica, Cigano do Atacama"

Foto nº 1
11 de maio, domingo.


21:30h, quando em frente à minha casa despeço-me de todos, dando início ao meu projeto de viagem "México 86".
Foram meses de preparação, expectativa, apreensão e dúvida quanto ao êxito daquilo a que me propusera realizar.
-Finalmente chegara o dia de conjugar o verbo ir na primeira pessôa, sufocado por um turbilhão de angústia e saudade, nascido alí quando lhes disse: até a volta!...
-Fechei minhas asas e mergulhei das nuvens, do espaço, dos sonhos, das estradas imaginárias que percorri por mais de vinte mil horas de vôo, trocadas que foram por vida,por emoções, por amor.
O que me era pequenino, lá do alto, agora se esparramaria amplo e generoso nas estradas que me esperavam.
Choca-me o silêncio respeitoso de vocês, no testemunho desta loucura controlada; deixem-me ir, afinal!
-Meus filhos, minha fôrça!


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às [3:00 AM]


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[18 junho, 2006]


América do Sul-1986:
“Nica, Cigano do Atacama”



Há vinte anos os equipamentos de fotografia e filmagem não tinham os recursos técnicos de hoje, onde temos o computador, os digitais, os compactos, etc.
Minhas filmagens foram feitas com uma câmera para a época muito boa porém um tanto volumosa, ligada a um vídeo cassete portátil onde ficava a fita VHS, sendo o conjunto pesado e desconfortável.
Nas praias de Acapulco existe um passeio de para-queda onde o incauto turista é devidamente “amarrado” e conectado por corda de nylon a uma poderosa lancha, a qual arranca mar a dentro e seja o que Deus quiser! Vez por outra o coitado sai arrastado até a água.
Eu fiz o passeio, porém foi difícil convencer os monitores de que eu queria levar meu equipamento para filmar o vôo; era proibido levar uma simples máquina fotográfica, imagine-se aqueles “trecos” mais volumosos. Aliás a máquina fotográfica deixei com um dêles, para que a usasse na hora do meu “pouso”, e saibam que ficaram boas. Deu tudo certo e valeu a pena o risco de um mergulho não programado.
Acapulco


Efetuei aproximadamente 870 cromos nessa viagem, e dêles fiz uma seleção de 189 fotos que mostram a espinha dorsal da aventura, num resumo bem interessante. São fotos marcantes, ampliadas, tendo cada uma seu texto literário e nostálgico. Aos poucos irei mostrando esse meu trabalho, começando pela foto nº 1 .


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às [4:02 AM]


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[16 junho, 2006]




À frente do Estádio Jalisco - México


Cartagenas de Índias - Colombia

Praia Cabrero - Monumento ao "Albatroz"



À frente do Estádio Jalisco - México


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às [2:50 PM]


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Com o meu vizinho e amigo Otávio Joaquim



Estádio Jalisco - Guadalajara


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às [2:47 PM]


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America do Sul – 1986:
“Nica, Cigano do Atacama”


Como lhes disse, tal viagem teve como objetivo primeiro ver a Copa 86 no México, e como estamos em plena Copa 2006 na Alemanha, nada melhor do que contar alguma coisa daquilo que foi a Odisséia para lá chegar, em 86, entrar no estádio e ver o Brasil perder para a França. Pior foi repetir a derrota na final de 98 em Paris. Temos agora alguma possibilidade na Alemanha de topar com os franceses nas quartas de final, o que seria ótimo, com certeza.
- Bem, saí de minha casa com a “diligência de longo curso” no dia 11 de maio de 1986, vinte dias antes do início da Copa.Deveria ter saído bem antes, o que não foi possível. O projeto era chegar no Panamá, cruzar a América Central e entrar no México. Não foi bem assim a viagem, isto por que não há estrada que ligue a Colômbia ao Panamá, de forma que teria eu que remeter os veículos via navio ou avião até o Panamá.
Tentei no porto de Buenaventura, Colômbia, sem sucesso. O tempo passava rápido e o México estava longe...
A Copa já estava em andamento e eu acompanhava os jogos através de uma pequena televisão a bordo do trailler. De Buenaventura seguí para Cartagena de Índias no caribe colombiano, onde há o melhor porto do país: igualmente não havia como chegar ao Panamá e seguir, via demais países a tempo de pegar o melhor da Copa. Com tal dificuldade restava-me continuar meu longo passeio pela América do Sul, vendo a Copa pela televisão ou então largar tudo em algum lugar seguro na cidade de Cartagena de Índias e tomar um avião para o México. Foi exatamente isto que fiz; consegui guardar os veículos na Escola Naval local.
- Valeu a pena, isto por que o México é um país belíssimo.
Em lá chegando, já no primeiro dia assistí o jôgo Inglaterra 3, Paraguai 0, no estádio Azteca. Coincidentemente, após vinte anos, estas mesmas seleções jogaram dia 10 de junho na Alemanha, com nova vitória inglêsa por 1x0.
O Brasil, que fôra campeão em 1970 em terras Mayas, naquele ano de 1986 novamente contou com o carinho e a torcida dos mexicanos, mas tudo isso não foi suficiente para trazermos a Taça.
A França, que eu assistí nos eliminar em Guadalajara, me deu o prazer de vê-la também eliminada pela Alemanha no mesmo estádio Jalisco de Guadalajara, Alemanha esta que perderia a final para a Argentina por 3x2, no estádio Azteca da capital federal.T
Naquela final lá estava eu à frente do estádio, caçando um ingresso para o grande jôgo em que o Maradona arrasou a Alemanha. Toda final é uma correria louca para tentar alternativas de se ver o jogo; é um leilão maluco entre cambistas e torcedores. Eu estava na companhia ocasional de dois brasileiros, nessa luta inglória e acabei vendo o jogo pela TV numa barraca próxima.
No auge da caça aos ingressos houve um tumulto com correria, xingamentos, polícia, e eu que estava com filmadora corri atrás e saí filmando o bolo de gente. Determinado torcedor havia roubado da mão de um outro torcedor seu ingresso,... e eu filmando! Empurra daqui, empurra dalí e a vítima era um senhor bem idoso; o delinqüente era um jovem argentino, de cujas mãos os policiais sacaram o ingresso e o devolveram ao legítimo dono. Aproximei-me desse senhor, que trêmulo segurava de novo seu valioso e sofrido ingresso todo amassado, dizendo-lhe para conferir se realmente era o ingresso verdadeiro. Imaginei que sua resposta viria em espanhol ou alemão, e ele, ofegante e mais tranqüilo confirmou: “sim senhor, é esse mesmo”. Que surprêsa! Era um brasileiro!...
A multidão olhava tudo aquilo com curiosidade e nesse momento virei minha câmera PK-956 para uma tomada geral daquelas pessoas quando, dentre elas uma mulher me olhou e falou alto: “Não diga que é mexicano!” (No lo digas que es mexicano).



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às [2:47 PM]


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[15 junho, 2006]



Seul - Córeia do Sul

Assim como a Copa do Mundo de futebol monopoliza o mundo inteiro, igualmente os Jogos Olímpicos são extraordinários.
A Coréia do Sul está na Copa da Alemanha, aliás hoje (23-06-06) foi derrotada pela Suiça, sendo por isso eliminada. Vendo este jôgo lembrei-me dos "Jogos Olímpicos de Seul 88".
Quando fui à Seul em 1995 visitei a Vila Olímpica e o Estádio Olímpico. A Vila é um lugar mais do que interessante para ser visitado e fotografado, e de modo muito especial, para nós brasileiros um grande painel em granito preto, ao ar livre, no qual estão gravados os nomes dos medalhistas de ouro: lá está nosso campeão olímpico de judô Aurélio Miguel, para sempre!
Este multicolorido "instrumento musical" , digamos assim, desfilou triunfalmente na cerimônia de abertura dos jogos de Seul.
Pude admirá-lo no museu lá existente e seu nome é "Taiko".


Seul - Coreia do Sul - "Memorial da Guerra"



Japão
Nara - Japão - Templo Todaiji


Nara - Japão - "Templo Todaiji" Japão e Coréia do Sul 1995: “Tóquio 95”
Quase um mês desfrutando as belezas, o exotismo e a história daqueles países asiáticos.
Tóquio, Kobe, Kioto, Nara, Trem Bala, etc. e finalizando na dinâmica capital coreana Seul, sede dos jogos Olímpicos de 1988.


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às [5:00 PM]


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[14 junho, 2006]



As fotografias aqui mostradas são auto-fotos, ou seja, uso sempre tripé para produzí-las, demandando tempo, cuidado e atenção; a que está na apresentação deste Blog foi feita na Baia Lapataia, dentro do Canal de Beagle e distante 20 km de Ushuaia, conforme o "mapinha" anexo.

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às [11:15 PM]


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[10 junho, 2006]



Deserto do Atacama
Rumichaca


O viageiro Juarez

América do Sul – 1986 “Nica, Cigano do Atacama”


Foram 223 dias e 28.196 km desde São Paulo até Cartagena de Índias no Caribe Colombiano.
Neve nos Caracóis Chilenos e temperaturas baixas e altas no Deserto do Atacama. Da Colômbia (Onde Guardei a Diligência de Longo Curso), segui de avião até o México onde ocorria a Copa do Mundo de 86. Fui à Guatemala, El Salvador e Costa Rica. Muitas fotos, filmes e histórias

Meu comentário:

Esta viagem teve como objetivo principal assistir a Copa do Mundo no México. Queria eu lá chegar com a "Diligência de Longo Curso", ou seja Trailer e Dodge Dart; não foi possível, pois não existe estrada ligando a America do Sul à America Central.
Guardei os veículos na Escola Naval de Cartagena de Índias, Colombia, completando a viagem por avião até o México.
Cheguei em Guadalajara no dia do jôgo França e Brasil, de triste memória, pois assiti no Estádio Jalisco o Zico perder o penalti que nos alijou da Copa.
Vamos torcer par que o Brasil na Copa da Alemanha não perca a taça por causa de um penalti.
Na primeira foto estou na fronteira "tranqüila" do Equador com a Colombia, chamada Rumichaca. A outra foto é no deserto do Atacama, o mais árido do mundo, com seus aproximados 4 mil quilometros.
"Nica, Cigano do Atacama", foi como me batizei nessa empreitada viageira. Nica é um apelido antigo e Cigano do Atacama foi como realmente me senti conhecendo aquela solitária região.


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às [1:30 AM]


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[05 junho, 2006]


No ano de 2004 participei de eventos motociclísticos em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, nos quais apresentei meus veículos, fotos, filmes, equipamentos, curiosidades. Em determinado Baner, rodeado por algumas fotos minhas na patagônia está o texto abaixo:


Do céu a terra


Aos 65 anos o comandante Juarez Araújo Rodrigues, já aposentado, continúa fazendo o que mais gosta: viajar. Tirou sua carteira de habilitação de motociclista às vésperas da viagem quando pilotou uma motoneta de 100cc por 95 dias, rebocando uma carreta por exatos 10.303 quilômetros até os confins da América do Sul.
Sua viagem começou dia 02 de fevereiro de 2002 em Uruguaiana (RS). Os primeiros quilômetros foram os mais difíceis, pois exigiam sua adaptação com a motoneta e o reboque que o próprio Juarez projetou.
Se nas estradas a carreta era uma desvantagem, devido ao peso de 160 quilos, nas paradas Juarez tinha seu conforto. Dormia numa barraca, geralmente montada nos enormes e completos postos de gasolina da região. Pela manhã fazia seu café tranqüilamente e depois bastava montar a antena, ligar o botão e como num passe de mágica falar via rádio com a família no Brasil.
Foram 20 dias de viagem para chegar a Ushuaia, onde permaneceu por 16 dias. De Ushuaia seguiu para a Patagônia chilena. Lá viveu um dos momentos mais difíceis da viagem. Pouco mais de 140 quilômetros separam San Sebastian de Porvenir, porém alguns trechos são repletos de ladeiras em meio ao rípio e a neve. A motoneta “resmungava” parecendo não suportar o peso, tinha que engatar a primeira marcha e acelerar torcendo para o motor não morrer. Se isso acontecesse a motoneta voltaria e o tombo seria inevitável. No hodômetro estavam marcados 10.303 km percorridos.
Contabilizando os sufocos e os momentos de paz, a média da viagem foi tranqüila. Neste ritmo rumou para Rio Gallegos, já na Argentina para alcançar novamente a Ruta 3. Tinha pela frente 3.421 quilômetros rumo ao Brasil.
Juarez ainda viajou por mais de 50 dias até estourar um champagne no final da ponte sobre o rio Uruguai, fronteira da Argentina, Passo de Los Libres com o Brasil, Uruguaiana.
Muito mais que frios números , representavam a distância entre sonhar e realizar seus sonhos. Sorrindo, desabafa: “Fui e voltei, amém”!




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às [4:10 AM]


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Construindo a Carreta
Construindo a Carreta


“Carroça Austral”

Com capacidade cúbica de 325 litros divididos em dois compartimentos, transportou barraca, saco de dormir, colchonete, roupas, fogareiro, cafeteira, utensílios de cozinha, alimentos e equipamentos eletro/eletrônicos.
Um painel solar fotovoltaico de 12 volts alimentava duas baterias seco carregáveis de 15 ampères. Isso garantia energia para uma lâmpada fluorescente na barraca, carga para a câmera de vídeo e um rádio transreceptor FM, com o qual falava diretamente com São Paulo. Além disso, embaixo da carreta estão acoplados dois estepes da mesma, dois tanques de combustível com capacidade de 5,5 litros cada e um tanque para água com 10 litros. Tudo foi projetado e construído por Juarez, com exceção do chassi.

“Motoca”

A motoneta assim batizada teve adaptações. A principal foi o engate, construído com ferro chato de 1 polegada, copiando um protótipo em madeira. No guidão foi afixado entre os retrovisores um elemento esculpido em cedro, como base de apoio a um “para-brisa” de acrílico fumê. Entre o banco e o painel, apoiada sobre o chassi há uma “caixa de conveniências”, feita de alumínio. Tudo igualmente elaborado por Juarez.


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às [3:30 AM]


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Motoca em preparação
Motoca em preparação
Esta é a "Motoca" que puxava a "Carroça Austral"

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às [12:33 AM]


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